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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ser tudo / Be all

Não podemos, de facto, ser tudo.
 E das opções que somos
 (dos caminhos que nos olham ),
as que libertamos
 esvaziam o nosso peito do bem-estar
 e vertem a dor no seu lugar ;
 as que tomamos,
na certeza de que nos levam a algum lugar,
 quando sentidas como pele da nossa pele,
afagam a dor vertida,
bebem-na aos pouquinhos,
e transformam-na em amor pela vida
na nossa plena vida.
(Conceição Sousa)

We cannot, in fact, be all.
And from the options we are
(the paths which look at us),
the ones we set free
empty our breast of all the well- being
and pour the pain in return;
the ones we take,
surely guide us to some place,
when we feel them skin of our skin,
and cherish the spilled pain,
drink it bit by bit
and endure love for life
in our full life hit.

(Conceição Sousa)

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