no olhar que me lançaste,
encontrei-te crente da voz que é minha;
juraste perder-te em doces palavras
nas íris possessas com que me domavas;
despiste-me desta pele que não sinto
em tragos bebidos de língua;
vestiste-te, infiel, em mim,
coberto de todos os nãos
num suposto (a)deus à míngua.
no olhar que me furtaste,
ausentei-me de mim
e de todas as que conhecia;
jurei-te fidelidade, ao teu amor,
no arremessar de pedras que me cabia;
lancei todos os meus eus num abismo insano de vontades loucas;
e todas as fantasias sentidas
só não deixaram de o ser
porque as tuas verdades se fizeram poucas.
(texto de Conceição Sousa,
fotografia de Ricardo Rocha)
coberto de todos os nãos
num suposto (a)deus à míngua.
no olhar que me furtaste,
ausentei-me de mim
e de todas as que conhecia;
jurei-te fidelidade, ao teu amor,
no arremessar de pedras que me cabia;
lancei todos os meus eus num abismo insano de vontades loucas;
e todas as fantasias sentidas
só não deixaram de o ser
porque as tuas verdades se fizeram poucas.
(texto de Conceição Sousa,
fotografia de Ricardo Rocha)
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