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sexta-feira, 8 de junho de 2012



Sentir-te, amor…

sentir-te arrepio de sol,

seda de pele na sede de lençol…

respirar pesado, do corpo escravo,

que ao leve não cede, amor: dói.

Sentir-te, amor…

sentir-te licor embriagado,

abafar suado que o traz pede,

o atrás que não se mede: encaixa.

Leve, solto, alto, amarrotado: cobre.

E despe-nos fluidez na luz do que se sabe

(do que nos sabe!) o feliz  pobre.

Sentir-te e só, amor…(h)ouve…

(texto: Conceição Sousa
foto: Ricardo Rocha)

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