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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Alívio

Às vezes, os sustos voltam, só para redefinirem prioridades. Este voltou e já foi. Alívio. A vida é bela. Tudo o resto é acessório e assaz de importante na sua insignificância. Há que saber sentir o tempo: com o corpo que é teu, a alma que te confidencia, o afecto de quem te presta atenção e a natureza dos dias e das noites que ama a tua natureza sem que o saibas. Consegues sentir? A grande paz? Sê feliz, nessa comunhão que te pertence e à qual te entregas. A maldade só te consome se tu lhe deres guarida e conversares intimamente com ela. Se a não deixares entrar, ela não se instala. Se insistir em segurar-te o braço e caminhar contigo, sorri-lhe e devolve em dobro todo o teu paciente amor. Olha que podes! Podes mesmo! Só tens de te focar no corpo que é teu, na alma que te confidencia, no afecto de quem te presta atenção e na natureza dos dias e das noites que ama a tua natureza sem que o saibas. Todos os teus sentidos andam distraídos. Se parares um pouco, fechares os olhos, escutares com redobrada atenção, uma subtil aragem eriçará a tua penugem e tu perceberás o calor da energia universal a amar-te. O arrepio é quando tu sentes e devolves todo o amor que te dão. E uns pingos de chuva, uma brisa a maresia ou até uma simples música podem desencadear essa partilha energética. Quem precisa da mesquinhez dos Homens?

Conceição Sousa

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