Imaginem...
Um enorme lago em tons de azul,
Com as mãos
Lancem, uma a uma, as pedras da desilusão
Arremessem-nas violentamente na escuridão.
Juntem os galhos enrugados dos tormentos
Soprem-lhes o fogo dos mártires lentos
Com os pés
Aconcheguem-nos num cume de vulcão
E observem a névoa da redenção.
Imaginem...
Grunhidos animalescos em redor,
Com a tez
Silenciem, um a um, os tons do atrevimento
Calem as esfomeadas e raivosas criaturas
Entoem o rosto no vale das agruras
Com a voz
Gritem-na, a consciência do momento
E escutem o sussurrar do vosso tempo.
Imaginem-se...
Sentados, com a cabeça nos joelhos pousada.
Levantem-na!
E arregalem os olhos expectantes no infinito
Fitem o breu da existência passada
E sonhem a super-nova agora em vós gerada.
Creiam nessa recente posição assumida
E degrau a degrau...sorrindo...
Abracem-se e à vossa recém-chegada vida!
(de Conceição Sousa in "Eu ou Ela?" )
já "disse/ interpretei" este teu poema e adorei fazê-lo!
ResponderEliminarsenti uma fugaz libertação...
bj.
Mizé