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sábado, 25 de dezembro de 2010

Desengane-se 25.12.2010

Desengane-se quem pensa
Que estamos aqui por acaso
Em tudo se observa presença
Do ser que nos dá o braço.
As pontas outrora soltas
Juntam-se na perfeição,
Era preparado o caminho
E dele nos mostra a mão.
A dor tem uma lógica
Que aguarda percepção,
Há que ter paciência
Um dia será a hora
Da devida compreensão.
A cruz e os espinhos
Fazem parte da demanda
Sem sofrimento que doi
Imperceptível é a estrada
E o Amor não entra nem sai.
Há um fado traçado
Um tempo destinado
Ao amadurecimento...
Do verde ao amarelo
Retém-se o momento.
Mas aquele que sabe
Está sempre lá
Vê sem ser visto
Por vezes, mostra-se cá.
E as portas vão se abrindo
Tudo fica mais claro
Tranquilos compreendemos
A lógica do existir.
O Amor que nos faz falta,
Que tanto nos permite sorrir
É uma pequena amostra
Da alma a eternidade,
E a prática do Bem
É a única verdade.
Eco e Reflexo
Som e Espelho
O que damos ao universo
Regressa, mesmo velho.
Mais dia, menos dia
Cá ou lá
Vivos ou mortos
O retorno teremos,
E neste ciclo luz/sombra
Encaixaremos.
É como um parto
E as dores menstruais
Tanto receio temos
Do momento da parição,
Mas quando chega a hora
Descobrimos perplexos
Que dessa já tínhamos laivos
Não é assim tão complexa.
E o receio apaga-se
Dá lugar à felicidade
À bênção de um nado
Ao Amor gerado.
Tudo o que dói tem sentido
Esse o de gerar Amor
É só ser um pouco paciente
E aguardar Dele o sabor.

(de Conceição Sousa )

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