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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

o amor que (des)conheço



Não conheço o amor de pai,nem tão-pouco o amor de mãe...
a vida assim o quis - que não os conhecesse;
mas conheço o amor da vida -
esse, que fez com que eu acontecesse.
O amor que, todos os dias, me rasga a alma,
no raio de sol que espreita e me penetra, logo pela manhã;
o amor que, a toda a hora, me lambe a pele,
de pata ofegante no ar, junto ao sofá;
o amor que, sem perda de tempo, me molha o corpo,
ao escutar as lágrimas que caem do Céu;
o amor que, a cada segundo, me gela a tez,
no beijo que entra pela frincha da janela,
e me faz gostar de mim (assim),
tal como Deus me fez.

(de Conceição Sousa)

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