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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Há braços abertos por todo o lado.


Não chores, amor. Não sofras por descrença. Pensa. Pensa, amor. Pensa: o que está além de tudo o que conheces, de tudo o que vês? Pensa: o que é tudo o que tu sabes, tudo o que tu sentes? Talvez apenas a informação que , toda uma vida, te fizeram entrar pelos olhos e ouvidos adentro...Pensa, amor. Pensa. E o que é tudo o que tu não sabes, ou não sentes? Talvez a informação que não te fizeram entrar pelos olhos e ouvidos adentro. Pensa, amor. Pensa. Sente. No escuro, sente. Não chores, amor. A tua dor é um engano da mente. Não chores, amor. Não acaba, hoje. Não acaba, agora. Não acaba, amanhã. Pela simples razão de que também não te lembras de como começou. Ou lembras-te? O pouco que te lembras de como começou foi o que te foi dito ter sido observado por quem te disse. Mas quem te disse não te disse tudo. Omitiu muito do que viu. E há quem tenha visto como começou para ti - e até desconheces a sua existência. Há quem esteja a ver - e tu desconheças a sua existência. Só se te quiser dizer. Não acaba. Não chores, amor. Não acaba. Apenas te deixam acreditar que acaba, amor. Há braços abertos por todo lado - apenas não os vês. Sente, amor. Sente.
(Conceição Sousa)

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