Em pleno centro histórico: um herói.
Um herói que canta com a voz de mil heróis.
Um herói da terra que vive, na alegria da voz, as dores do seu (do meu) existir.
Atira na direção do sol, e à passagem dos transeuntes, o seu direito ao grito e à fruição da terra.
Um herói que, sem o saber - e junto com estas pombas que me beijam os pés - me aquece a alma. Assisto a um espetáculo digno do céu, no timbre do herói sem vestes de corrompido e que, à margem da cidade cosmopolita, mostra ( sem o saber ) o que é da vida o apogeu. Ajoelha, agora (e unicamente) à passagem de Deus.
( Conceição Sousa)
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