Procuro a leveza das coisas que existem, das pedras;
descanso na constelação exata dos astros;
adormeço na rotina das vagas e das correntes;
e anseio a devolução ao criador deste rio
a que chamam pensamento,
deste oceano que me acorrenta: o sentimento.
Procuro a leveza das coisas que estão, dos penhascos.
E se pensamento não fora nem sentimento houvera
não saberia agora a profundidade da mentira que procuro:
Sei lá eu o que é sentir-me pedra ou ser penhasco?
Quererá a pedra ou o penhasco sentir-se ou saber-se eu?
Conceição Sousa
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