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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mas porquê eu ?



Há dores que não conseguimos contornar.
E é aí, que, devagarinho, a revolta vai ocupando amplo espaço em tudo o que somos:
porquê eu? Mas porquê eu? Mer...Ahhhh! Stop! Errado.
Dói?...Muito?...E é uma dor exasperante? Insuportável?
Respira fundo...coragem. Respira novamente.
Deixa a lágrima correr...não tens outra solução, não é? Ela salta mesmo. Elas - as lágrimas - saltam mesmo.
Agora, como não adivinhas o futuro...
e milagres acontecem...
e nem toda a informação que te foi transmitida é correcta (não interessava a quem manda)...
agora, dói-te;
arrasta-te, move-te, anda para qualquer lado, mas anda.
A primeira dor é a que dói mais; depois, tanto corpo como alma adaptam-se, habituam-se.
Pensa bem. Já não dói tanto - ou até dói igual ou mais -, e estás a caminhar.
Caminha - não é p'ra caminha, é caminha de caminhar, de lutar. Luta.
Não baixes os braços, não baixes nada em ti, enquanto tiveres forças para não baixar.
Tenta sorrir. Ainda podes.
Dói ainda? Eu sei que sim. E é uma filha da luta de dor.
Descansa. Nada resiste eternamente.
A dor, mais dia menos dia, termina. Podes estar certo.
Descansa. A dor,mais dia menos dia, termina - e p'ra todos nós.
Como vês, não estás só.
 (Conceição Sousa)

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