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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Não sei explicar...quando escrevo, há uma plenitude inabalável. Quer quebre de tristeza, quer expluda de alegria, quer me acobertes na tua rotina, quer me negues a tua porta... só porque respiro, escrevo e, quando escrevo, há este embriagamento pleno: felicidade. As palavras vão desenhando nos seus contornos o deleite da existência: atentar na realidade, sentir os outros, pensar as coisas, criar laços connosco, contar a nossa história. Dormir do que dói. Expandir o que extasia. Celebrar a vida e tornar essa degustação eterna. Arte: o alimento da alma.

Não partilho e escrevo, não publico e escrevo, ninguém lê e escrevo, ninguém vê e o livro vai se avolumando, os livros vão se mutiplicando; as ilustrações embelezam as destinos, os capítulos encarreiram os desalinhamentos, os temores esvanecem-se e os pontos de luz infiltram-se a cada brecha: Ah, é aí que estás!
A alegria permanece. E é só o que importa na vida: que a alegria permaneça.

Conceição Sousa

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