Ela não ousara intrometer-se no seu caminho porque acreditava que Deus eram os homens e as mulheres que o faziam, Deus era o livre arbítrio de deixar solta a liberdade de escolha - e, quer ele a escolhesse quer não a escolhesse, ela sentir-se-ia gratificada e feliz porque ( eu ia dizer "concedeu-lhe", mas ela não era Deus) não o obstruiu, não o impediu de prosseguir no seu livre arbítrio, manteve-se fiel ao seu âmago: o de acreditar que Deus é uma construção à medida de cada homem e de cada mulher, a construção que se vai erguendo, tomando forma, tijolo após tijolo, e deixando a folga da liberdade de escolha entre si. E ele escolheu deixar uma folga ainda maior. A terra tremeu e Deus caiu. Essa foi a escolha de ambos. Pelo menos, ela sabe disso: e sorriu.
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