Eles caminhavam, de mão dada;
calavam as fendas daquelas lajes;
entrelaçavam os dedos no voo das rolas
que bicavam,
num vai-e-vem,
as cascatas dos fontanários;
sorriam um ao outro
os seus silêncios,
as suas tagarelices,
as suas teimosias,
as suas anuências,
a sua montra...
retiniam
naquela gota que escorria
a compreensão daquele estar
tão singular,
com corpos de outros,
à distância de duas cidades,
num laço de ombros e vozes.
(F)
Conceição Sousa
Sem comentários:
Enviar um comentário