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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Em Busca da Flor de Mil Cores 1 - Bugalhudo e Caracolitas no Bocejo do Vulcão ( Novembro, 2013)



- Impressionante como o Céu existe mesmo, mano!

- E porque não haveria de existir, Ju?

- Não é isso. Há quem diga que não existe, mas é só olhar de baixo para cima. Olha ele, lá. E, aqui, se apontares, ele aproxima-se, e toca-te mesmo. Ora experimenta. Aponta o dedo para o Céu e fixa aí o olhar. Não tens a sensação de que o estás a tocar? Maravilhoso! É tão quentinho. E é tão simples. É só olhares de baixo para cima.

- Claro! – respondeu o Mago – No vosso mundo poucos o tocam porque têm a mania de olhar de cima para baixo, sempre de cima para baixo. E é tão óbvio. Se insistires em olhar de cima para baixo, a única coisa que vês, que consegues tocar, e que te toca, é o chão. Se tens o Céu por detrás da cabeça, e não a levantas para olhar para lá, como é que queres que o Céu exista?

- Certo, Agosto. – anuiu o rapaz – Quem se acha superior, olha sempre de cima para baixo; quem se sente diminuído, olha sempre de cima para baixo. Há mais de meio mundo que não se lembra, não quer, ou não sabe olhar de baixo para cima. E é tão simples: ser humilde e saber levantar a cabeça. Olha o Céu, lá. Tão lindo! Existe mesmo.

(Conceição Sousa in " Em Busca da Flor de Mil Cores", conto infanto-juvenil)

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