É hora de fazer amor com alguém que amo muito, sem dor.
É hora da ternura entre os teus braços, doce loucura, amor.
É hora de dizer "amo-te" num beijo lento, bem regado, sem tento.
É hora do prazer a mim confiado, desflorado, e de p'ra sempre amar-te, danado.
É hora da emoção contida em teu coração - de fechar portas ao não.
É hora do afagar cálido de língua no corpo dorido à míngua.
É hora do tesão, meta arrastada no tempo da brava sedução.
É hora de calar o nunca que dormia na voz do sempre, vadia.
É hora do lacrimejar salgado na pele rasgada do vento estuprado.
É hora de me amares sem dó no ventre que te dou a ti, e só.
É hora de fazer amor contigo e de me suares no tempo perdido.
É hora, amor, é hora do consumido, querido.
É hora de deixares de te sentir ferido.
(Conceição Sousa )
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