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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Oh, meu amor, vieste.../ Oh, my love, you came...

Oh, meu amor, vieste - sorriso rasgado no peito.
Feliz em ti me sinto, meigo colado estar: absinto.
Em mim pleno te sei, suo salgado amar- ai, defeito.
Oh, meu amor, vieste - lágrima sufocada : vida.
Atravessas-me na alma sem dó - demasiado sofrida.
Marcas da dor tua no aperto com que me afagas.
Oh, meu amor, vieste - no embalo do sonho de mim.
Beijas-me suave na pele e mordes arranhando candura.
Soltas a fera de ti, doce loucura : ainda nos sabe fel.
Oh, meu amor, vieste e contigo teu amor trouxeste -
nosso de todas as horas e de todos os segundos;
após tantas adiadas demoras e tão parcos mundos.
Oh, meu amor, vieste : finalmente chegaste,
e agora que em meu ser entraste, retém-te : não vás.
Detém-te em mim: teu amar; meu amor,oh, por fim.

(Conceição Sousa)

Oh, my love, you came - torn smile in the breast.
Happy in you I feel, gentle glued being: absinth.
In me I know you fullfilled, salted sweated loving - oh, defect.
Oh, my love, you came - choked tear : life.
You get pitiless through my soul - too much hurt.
Scars of your pain in the pressure of your stroke.
Oh, my love, you came - in the rocking of the dream of me.
You kiss me gently in the skin and bite scratching candidness.
You release the beast in you, sweet madness: it still tastes bitterness.
Oh, my love, you came and with you your love you brought-
ours of all the hours, of all the seconds;
after so many postponed delays and so scarce worlds.
Oh, my love, you came: finally you've arrived,
and now that you're in my being, inside : hold on: don't go.
Stay in me, love; my love, oh, at last.

(by Conceição Sousa )

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