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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A minha casa



Em ti encontrei o p'ra sempre perdido,
uma outrora descrente aurora,
a que retorno dos meus invernos,
e onde deito a cabeça em queda
e deixo, inerme,
que o afago da tua mão descanse
no estio do meu rosto.
És a minha casa.
A minha casa.
A minha impossível casa.
E eu fico na única casa que sei que me guarda.
A que me fechou a porta
e impediu de entrar
quando eu já estava dentro.
E quem ficou lá fora foste tu.
(F)
Conceição Sousa

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