É pelo ouvido que língua te toca, névoa de lugar incerto.
É pela pele que arrepias caminho e me dizes, a mim que a habito, o tacto da tua palavra.
E no sopro em que me assaltas o suspiro, aguardas uns segundos, gemido hirto. E eu pergunto-te, sustida nas bocas abertas, em qual fundo está a origem do eco:
- Onde estás que não te chego, habitante de todo o lado?
( Texto: Conceição Sousa)
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