A minha maior mentira? Sou eu -
e esta inacabável sensação de incompletude.
Dizem-me que faço tanto...
sinto que em nada se transforma.
Sempre à procura do próximo passo,
sempre no encalço da próxima meta,
sempre o vazio no pós-feito.
Sempre, sôfrega,
a apalpar o desconhecido.
Sempre a sensação de que me falta fazer muito mais.
Sempre o decapitar do tempo
a segredar-me que talvez não haja tempo.
E eu continuo a correr.
(Conceição Sousa)
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