Quero fazer as pazes contigo.
Já aceitei todos os teus pedidos de desculpa.
Já perdoei todas as cobardias que proferiste.
Compreendo a dor de todos os intermediários.
Estou cansada e quero fazer as pazes contigo.
Afinal, nunca foste um estranho nem nunca serás.
Quero fazer as pazes contigo, mas não consigo.
Terás de ser tu, desta vez, a aproximar-te.
E, se não o fizeres, corres o risco de me manteres perdida no para sempre -
o que, por mim, já me parece o mais sensato.
Mas a sensatez nunca foi a minha morada, nem o para sempre.
Vem, meu amor.
(Conceição Sousa)
Sem comentários:
Enviar um comentário