Sabes, amigo, numa argumentação há-de chegar uma altura em que alguém se torna imprudente, violento ( é normal - e se calhar até à vez...) e, aí, convém que um dos dois consiga projectar o futuro de tais actos, lançar todos os sentidos para uns minutos, umas horas, uns dias, uns meses, mais à frente. Reter-se nessa projecção uns segundos e retornar ao ponto de partida. Nesse instante, chega a sensatez de um silêncio, de um suposto ámen, o que se chama a coragem de uma breve trégua para dar tempo ao outro lado de se projectar mais adiante. Começou agora o teu tempo. Aguardo.
(Conceição Sousa)
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