É muito difícil despedirmo-nos de alguém
a quem muito amamos.
Aquele adeus,
aquele frágil aceno de mão,
aquela derradeira lágrima
que desliza na pele que sempre a acolheu,
convida-nos a não retirar os lábios trémulos
e perdidos da tez que esfria,
convida-nos a fazer a viagem,
num abraço interminável.
Não, não mo tirem dos braços,
não, não mo tirem dos braços
este corpo que tão bem conheço,
não, voltamos atrás no tempo,
não me tirem a minha infância,
não, por favor, não!
Leva-me contigo,
por favor, leva-me contigo.
Onde estás?
Onde estás?
Qual delas é?
Qual delas é, a tua partícula de luz, meu amor?
(Conceição Sousa)
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