Ela nunca foi uma desistente.
Procura outras vias,
vai por outros caminhos,
descansa na berma da estrada,
às vezes esconde-se na alegoria das cavernas,
mas regressa sempre à lama
e chapinha as vezes que forem necessárias.
Embora suja, molhada e suada,
sente-se completa
e faz-se eleita de entre os que se fazem eleitos.
O sorriso nunca falha.
Acompanha, de bom grado,
o cansaço, o desespero, as lágrimas e a dor.
Vamos lá,
no caminho há-de haver sempre um tempinho
para acarinharmos os pés.
Força, peregrinos.
(Conceição Sousa)
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