Se fosses cego, o teu ouvido dir-to-ia sem hesitação: amo-te.
Se fosses surdo, os teus olhos inundar-se-iam com o nome mais à mão: amo-te.
Se estivesses anestesiado, a minha sombra deitar-se-ia sobre a tua aura e fariam o que não abdicam de fazer: amor.
Mas como me escutas , vês e sentes, amas-me pelo paladar: o trago de vinho vintage, quanto mais enterrado na solidão e humidade das catacumbas, melhor o sabor do que nunca se vai provar.
Mas eu digo, sem grande pena nossa,
é hora, névoas em êxtase de nós,
de se findarem e nos devolverem ao toque,
o nosso trono,
do corpo o lugar:
amo-te.
Ainda respiras,amor?
( Conceição Sousa)
Se fosses surdo, os teus olhos inundar-se-iam com o nome mais à mão: amo-te.
Se estivesses anestesiado, a minha sombra deitar-se-ia sobre a tua aura e fariam o que não abdicam de fazer: amor.
Mas como me escutas , vês e sentes, amas-me pelo paladar: o trago de vinho vintage, quanto mais enterrado na solidão e humidade das catacumbas, melhor o sabor do que nunca se vai provar.
Mas eu digo, sem grande pena nossa,
é hora, névoas em êxtase de nós,
de se findarem e nos devolverem ao toque,
o nosso trono,
do corpo o lugar:
amo-te.
Ainda respiras,amor?
( Conceição Sousa)
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