Meu amor,
a linha que separa o certo do errado
é um triz segregado numa teia em cadência,
um alinhamento contínuo
comparável à película que separa o de dentro do corpo
do de fora do corpo -
e a busca é essa: o toque.
E o tom que a pele te dá (não o que ela tem)
é o mais importante: toca-te numa multidão de cores -
um fogo preso:
às vezes, ama-te na claridade em que te envolve;
outras, fere-te no choque térmico.
(Convém é que nunca esqueças
que o que dá o brilho à luz é o negro:
não o tenho no tom de pele,
mas é a cor da minha alma: linda.)
(Conceição Sousa)
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