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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

fósseis


Qual deles, universos paralelos, escolho?
Qual delas, vidas cintilantes, percorro?
Nem sempre o estrato debaixo de é dispensável...
há fósseis e rochas radioactivas a comprovarem-nos o chão daquela era,
extinta em espécie e massa,
sabe-se lá por qual cataclismo.
E as fendas recortam estratos,
as falhas golpeiam o trabalhar do tempo,
mostram-nos
que é sempre bom ajudar os filhos a estudar,
pois, de repente, lá sai um poema a deslizar à deriva,
uma espécie de pangeia fragmentada
a mover-se no magnetismo das placas tectónicas
que encaixam e desencaixam, também icebergs,
sempre ao som de um sermão, amor.
Corais? O eterno vestígio da tua passada. De todas as cores o rubro ainda é a mais amada.
Ai de ti se não passas mais esta prova com excelência! Dói-me a garganta. Raios partam mais esta fenda. Tão belo este caminho. É só uma a porta, como vês.

( Conceição Sousa)

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