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sábado, 25 de maio de 2013

mundano

Quando tudo o que é mundano te abandona,
quando tudo o que é da rotina inventada dos homens e das mulheres te deserta,
quando despertas na grandeza milenar do que tão-somente és,
quando a pele se engelha, a dor se manifesta, a gravidade vence
o tónus de cada movimento teu
e o mundo corre mas tu ficas,
quando a voz do que sempre foi, é e será, te grita
ao fundo da verdade,
aí as tuas lágrimas lembram-se de todos quantos sempre te quiseram bem.
E quem são eles?
Aqueles que por estarem sempre tu nunca viste.
E onde estão?
Ao alcance de uma sorridente e grata memória.
Tão imaturas foram as escolhas que fiz...
Estou pronto, agora, para nascer.

(Conceição Sousa)
 
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