Sei que vivo o meu tempo,
neste tempo,
e o meu tempo ninguém o pode viver por mim.
Sei que o faço explosivo,
ao meu tempo,
na tentação de ocupar tudo
o que, neste tempo que é meu e teu,
me é possível ocupar.
Sei que me torno assédio,
no tempo que me vive,
presença não querida,
no tempo que me morre:
nesta ânsia de te preencher todo,
tempo meu,
sem brechas por onde te escapares
sem mim.
Sei que te não levo comigo,
tempo ido,
e que te respiro plena,
tempo daqui,
e que bruscamente me roubarás de mim,
tempo que não terei.
Sei que sabe sempre a tão pouco
o tudo em que me sou
no tempo em que me tens,
tempo ingrato.
E, às vezes, parece-me tão parva
a existência...
(Conceição Sousa)
neste tempo,
e o meu tempo ninguém o pode viver por mim.
Sei que o faço explosivo,
ao meu tempo,
na tentação de ocupar tudo
o que, neste tempo que é meu e teu,
me é possível ocupar.
Sei que me torno assédio,
no tempo que me vive,
presença não querida,
no tempo que me morre:
nesta ânsia de te preencher todo,
tempo meu,
sem brechas por onde te escapares
sem mim.
Sei que te não levo comigo,
tempo ido,
e que te respiro plena,
tempo daqui,
e que bruscamente me roubarás de mim,
tempo que não terei.
Sei que sabe sempre a tão pouco
o tudo em que me sou
no tempo em que me tens,
tempo ingrato.
E, às vezes, parece-me tão parva
a existência...
(Conceição Sousa)
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