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domingo, 9 de dezembro de 2012

iceberg

Lamento dizer-te, mas faz hoje um ano que esfriou.
Esfriou um gelo tão enregelado que,
nem que desça dos infinitos céus uma nave espacial
tipo bola de fogo toda a arder
(o Sol na Terra pois, e bem na minha frente),
nem que o lume se acerque da minha pele
já queimada de glaciar,
não há forma do inverno se liquefazer.
Arrumou com a primavera
e veio mesmo empedernir aquela singular fagulha. ...

Extinguiu-se.
É iceberg à deriva, apenas a aguardar os sucessivos navios
que sabe: fará naufragar.

(Conceição Sousa)

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