Sei lá!
São tantos os acasos e os novelos que se enrolam,
desenrolam, enrodilham,
e desencilham
(dia após dia, hora após hora, mês após mês),
desde que nascemos até que por fim nos vamos...
como é que podemos dizer que seríamos determinada pessoa
se basta uma destas linhas se cruzar
mais acima ou mais abaixo,
mais atrás ou mais à frente,
mais ao lado ou mais no centro,
ou até nunca se cruzar,
para percebermos que o deixámos de ser:
quem éramos.
E quem éramos?
Quem seríamos mesmo?
(Conceição Sousa)
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