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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

pura vaidade?

Hão-de pensar que é pura vaidade.
Não é não.
É mesmo necessidade: comungar.
E um doce aroma a paz circunda a nossa aura.
Inspiro e travo aí uns largos segundos.
É quando, devagar, expiro que o sorriso vem.
Todas as mortes, mais tarde ou mais cedo,
trazem o sorriso do tempo que se cumpriu.
O sorriso húmido da saudade dos vivos.

(Conceição Sousa)

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