Há pessoas que se entregam à caça de números,
não àqueles sugados e descartados
(esses nem sequer saldo negativo são,
representam um elemento que passou a ser nulo),
mas sim aos ainda por ocupar,
aos ainda por sugar,
aos ainda por descartar e anular.
E, enquanto houver números, elas lá continuam a fazer o seu número:
uns zeros à esquerda é o que são.
Coitadinhos.
Será que não se percebem um número a tratar pessoas como números?
Será que não percebem que vivem do nada e para o nada?
Pessoas são pessoas: uma, sem vezes pelo meio, de pessoas.
E é isso que estou a tentar ser:
uma, sem vezes pelo meio, de pessoas a dar afecto e a recebê-lo.
A maior das carências é a maior das vivências: o afecto.
Abraço-vos, ainda que virtualmente.
(Conceição Sousa)
(Conceição Sousa)
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