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sábado, 10 de novembro de 2012

A chuva


A chuva, de todas as vezes, amor...
de todas as vezes, a chuva, amor...
traz-te, de braço dado com ela,
para que me apertes entre os teus ombros,
e me sorvas as lágrimas que, com ela, correm no rosto.
Pingantes nas costas que queimam,
suados no choro vítreo do violino,
fundidos na pele lambida de desgosto.
A chuva, amor, traz-te...
de todas as vezes, só e p'ra mim.
E é assim que nos vimos.

(Conceição Sousa)   *

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