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sábado, 10 de novembro de 2012

falha!

Na minha terra, desde a infância que, por todo o lado, ouço as palavras "burnir" e "anzoneiro".
Por volta dos 17, descobri que não era "burnir", mas sim "brunir", mas p'ra não me enganar ( nem me apontarem o dedo) passei a dizer "passar a ferro".
Entretanto, por volta dos 35, descobri que "anzoneiro" também se diz "onzeneiro" (estranho!), apesar de, infelizmente, estar habituada a lidar com eles diariamente.
E as coisas que ainda me faltam descobrir...
O mais importante não é a consumição com que os outros, ao detalhe da lupa, tentam encontrar em ti ( pensam eles...) a mais ínfima falha - e fazer dela uma gigantesca montanha de lodo.
O mais importante é saberes que mais perfeito do que tu, na tua constante busca de conhecimento, mediante as circunstâncias que a vida te apresenta, dificilmente existe.
É saberes que ao fazer constantemente, ao fazer mais (dentro do que a vida te permite), é normal que também falhes mais. Mas o falhar mais só acontece porque te fazes, porque te vives. Falha, caramba! E arruma p'ra um canto os que, mediante as circunstâncias específicas da vida deles ( bem diferentes, por sinal, da tua), te dizem que não és (aquilo que sentes que és!).
Aponta-me as falhas de hoje, querido! Amanhã já não terás as mesmas para me apontar, terás outras com certeza. E, entretanto, enquanto tu me vives, eu também me vivo. Mais do que uma pessoa a viver a minha vida é um verdadeiro fenómeno!

(Conceição Sousa)

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