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sábado, 10 de novembro de 2012

dói-me

Dói-me.
Dói-me ver-te cair e
não conseguir que me vejas.
Dói-me ver-te cair
e não conseguir que vejas os meus braços abertos,
o meu sorriso de vem,
a minha voz de cobertor,
o meu olhar de ámen:
o meu escutar-te, amor.
Dói-me -
e a lágrima desce.
Deixa que te aqueça,
deixa que te ampare até que tudo em ti cresça.
Deixa, querido.
Acaba-te em mim -
e, de novo, começa.
Vem...

(Conceição Sousa)

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