"(13 de Maio.)
Pela frincha da porta, conseguia ver a minha avó, agora só pele e osso, sem cor, sentada na cadeira em frente ao televisor. Ouvia-se "Avé, Avé, Avé Maria...", um cântico branco, em uníssono, das multidões que inundavam a praça. A minha avó Idalina soltava, resignada, lágrima após lágrima, as dores da saudade por vir, e acenava o lenço branco à Senhora em tom de despedida. Foi ao seu encontro no dia 6 de Junho desse mesmo ano."
(Conceição Sousa)
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