Cobrir-te, com o meu corpo;
e amarrar-te, com a minha língua;
devorar-te, instinto morto;
beber-te, ó fé longínqua;
amar-te, asco de mim;
e amarrar-te, com a minha língua;
devorar-te, instinto morto;
beber-te, ó fé longínqua;
amar-te, asco de mim;
suar-te, toca vadia de ti: toca: vá: dia -
de ti, no toque do tempo em que me morri.
Nasci. Fluído. Premente, urgente, pungente, decadente.
E vivo-me no instante em que te sirvo, sorridente.
Solto o gemido, oh!, mastiga-me, insolente!
E beijo-te nos beijos que me entregas -
arrepio de frio quente.
Ai!, que calor! Afasta-te, brasa do mundo!
Morro se me tocas neste segundo.
Que fresco...é bom...seguro-te o dedo,
com o meu mais pequeno, o meu mais-que-tudo,
e dou-te o meu fundo, ladrão!
És lindo - vagabundo.
de ti, no toque do tempo em que me morri.
Nasci. Fluído. Premente, urgente, pungente, decadente.
E vivo-me no instante em que te sirvo, sorridente.
Solto o gemido, oh!, mastiga-me, insolente!
E beijo-te nos beijos que me entregas -
arrepio de frio quente.
Ai!, que calor! Afasta-te, brasa do mundo!
Morro se me tocas neste segundo.
Que fresco...é bom...seguro-te o dedo,
com o meu mais pequeno, o meu mais-que-tudo,
e dou-te o meu fundo, ladrão!
És lindo - vagabundo.
(Conceição Sousa)
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