Eu sei que és um menino, meu pai;
eu sei que és um menino, a quem, ainda menino, levaram o pai;
eu sei que és um menino, a quem, ainda menino, ocuparam, com dez outros meninos, o amor de mãe;
eu sei que és um menino, da idade do meu menino (um que conhece, de perto, o mimo de pai e mãe), a quem a vida privou do afecto próprio da infância:
o carinho abrigado entre duas mãos;
eu sei que és um menino, a quem, ainda menino, levaram o pai;
eu sei que és um menino, a quem, ainda menino, ocuparam, com dez outros meninos, o amor de mãe;
eu sei que és um menino, da idade do meu menino (um que conhece, de perto, o mimo de pai e mãe), a quem a vida privou do afecto próprio da infância:
o carinho abrigado entre duas mãos;
o olhar sonhador e sorridente a elevar;
o colo protector do toque do abraço infinito de pai e de mãe.
Eu sei, meu pai...que és esse menino: o meu menino.
E abraço-te, e beijo-te, como se ao meu menino, meu pai, meu menino.
Vem ao abraço de mãe e pai, do teu pai e da tua mãe, ao toque infinito do abraço dos teus - porque continua a ser deles o abraço. O abraço ao meu menino.
o colo protector do toque do abraço infinito de pai e de mãe.
Eu sei, meu pai...que és esse menino: o meu menino.
E abraço-te, e beijo-te, como se ao meu menino, meu pai, meu menino.
Vem ao abraço de mãe e pai, do teu pai e da tua mãe, ao toque infinito do abraço dos teus - porque continua a ser deles o abraço. O abraço ao meu menino.
(Conceição Sousa)
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