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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Sem a tua evidente ajuda,
demoro um pouco mais,
mas não deixo de me chegar: lá:
onde tu estás, amor.
Apanho uma migalha aqui,
encontro outra acolá,
aprendo assim o caminho do teu cheiro,
farejo confiante o teu território.
Olho para trás: conheço-o.
Já não é teu, é meu.

Tal como supunha
o caminho não me estranha.
E continuo...
uma faísca aqui,
uma centelha acolá:
há labaredas?
Há labaredas
e a época de caça vigora-nos.
É hora de nos jantarmos.

(Conceição Sousa)

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