Tal como o vidro,
no qual batemos com a cabeça porque não o vemos,
há vida para além do corpo,
vida muito próxima de nós - não a vemos, mas intuímos, sentimos.
E o que parece que acaba, não acaba.
O pensamento não se vê, mas existe;
o amor, não se vê, não é palpável, mas ninguém duvida de que exista: move montanhas.
A morte? O que é a morte para além do que se vê?
Sabemos que há um para além da morte,
sabemos que é, sabemos que traz respostas - só pode trazer -,
sabemos que não conhecemos o que desconhecemos: mas vamos conhecer.
E intuo, de dia para dia, que, após esta longa caminhada, só pode ser bom.
A vida, mais não é, do que uma preparação para o que está por vir -
e , todos os dias, sentimos isso mesmo:
" - Afinal, foi p'ra isto que tive de viver o que vivi até aqui."
No final, há sempre um "afinal".
Tenhamos fé em algo grandioso,
em algo maior do que o que nos é dado a ver aos olhos.
Tenhamos fé de que esse algo existe,
pois o Amor ( que todos os dias sentimos) é apenas uma gota
e diz-nos que o Oceano se aproxima.
(Conceição Sousa)
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