tem dias em que apetece desistir,
tem dias em que o insistir é uma dor de alma (só nossa) -
um já sem fôlego cansaço, uma luta acabada na ausência de quem a faça.
tem dias em que o abandono das forças nos carrega ao colo,
em que os ossos doem de tanto suster a crente falta de consolo.
mas eis que aquela criança,a quem tudo dói ( sem paz na infância
nem abraço que a abrace), nos sorri;
eis que o amigo, a quem escapa a vida (e cujo corpo doente já não dá guarida),
nos dita, contente, a frase que é nossa;
eis que o desconhecido, a quem nunca vimos - e que, na verdade, não nos conhece -,
nos pára na rua e por tudo agradece: o tudo no texto que se oferece.
ao que vim, não sei; mas sei, seguramente, ao que vou :
que estas palavras te confortem na alma e, com toda a calma,
continuem a virar-me a face para a partilha delas:
no tudo habitado pela paz do que dou.
ao que vim, não sei; mas sei, seguramente, ao que vou.
(Conceição Sousa in "ai.como dói. esta dor.)
tem dias em que o insistir é uma dor de alma (só nossa) -
um já sem fôlego cansaço, uma luta acabada na ausência de quem a faça.
tem dias em que o abandono das forças nos carrega ao colo,
em que os ossos doem de tanto suster a crente falta de consolo.
mas eis que aquela criança,a quem tudo dói ( sem paz na infância
nem abraço que a abrace), nos sorri;
eis que o amigo, a quem escapa a vida (e cujo corpo doente já não dá guarida),
nos dita, contente, a frase que é nossa;
eis que o desconhecido, a quem nunca vimos - e que, na verdade, não nos conhece -,
nos pára na rua e por tudo agradece: o tudo no texto que se oferece.
ao que vim, não sei; mas sei, seguramente, ao que vou :
que estas palavras te confortem na alma e, com toda a calma,
continuem a virar-me a face para a partilha delas:
no tudo habitado pela paz do que dou.
ao que vim, não sei; mas sei, seguramente, ao que vou.
(Conceição Sousa in "ai.como dói. esta dor.)
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