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domingo, 4 de novembro de 2012

À saída reparo:
a chávena…
o café derramado do nosso odor,
o salivar branco sujo de ti,
o beijar escaldado, sôfrego de mim…
a chávena ainda repousa em cima do balcão
da nossa pressa : prece?
A chávena…
olho lentamente em redor:
ninguém perece ao molhar-se
na humidade da tua chávena.
Alcanço-a e guardo-a.
Invejo-te, chávena !
(O sítio onde nos queima o teu sabor, amor.)
Hmmmm…

(Conceição Sousa)

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