Sei que um dia me calarei,
mas, até que o dia chegue,
enquanto me apetecer, direi.
Tudo carência. Nada mais.
Tudo um vazio. Sede de tudo. Nada mais.
Exposição? Porque não?
Em vida, sim.
Em morte, não sei.
Mudo? Sim. A todos os segundos, um diferente de mim;
Não. Não mais silêncio.
Sei que um dia me calarei,
mas, até que o dia chegue, direi:
ama-me, muito.
(Conceição Sousa)
Sem comentários:
Enviar um comentário