Começas por me arranhar o glúteo,
como se fosse a patinha de um cachorro
(daqueles fofinhos)
a pedir afecto, e aguardas...
respiras fundo quando sentes que podes avançar,
já estou de lábios colados nos teus;
ao de levezinho, tragas as mordeduras que te confesso,
e, suculento, avanças mais adentro,
como se estivesses
( e sempre pela primeira vez)
a explorar um território inóspito, agreste e sumarento.
E percorres a minha pele num arrepio de beijos ternos,
crateras em erupção,
magma a escorrer -
um calor insuportável, difícil de conter: afasta-te!
Está na hora de chover.
Ai!, o teu sorriso...ai!, o teu sorriso, safado!
(Conceição Sousa)
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