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sábado, 3 de novembro de 2012

Era noite

Era noite.
E a menina dos olhos agigantou-se.
Quem olhasse de fora via o que ela era: a imagem suada dele.
Beijou-o.
E guardou aquele ofegar: sentiu-o.
...
Os lábios trazem ainda a barba de dois dias.
Mas não quis vir embora sem lho dizer e sem o escutar:
- Gosto muito de si. -
A voz que a embala pela manhã e em cada deitar.
- Também gosto muito de si. -
Um breve (e)terno estar.
- Grata.

(Conceição Sousa)   *


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