O amor-paixão
é uma espécie de viagem num transatlântico
ao exterior de nós mesmos,
um deslumbramento fugaz que,
de tão cego, de tão sôfrego,
se esbarra na ponta do iceberg
e se afunda no bréu gelado do momento.
Puff! Evapora-se.
Quando damos conta,
enjoamos, em mar alto, no demais (vomitamos!),
e, na verdade, sentimos saudades do nosso pequeno barco,
do nosso interior, o amor doce, atracado na onda serena do cais.
(Conceição Sousa)
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