Recebo o abraço que não tenho,
e contenho-o…
uns segundos, no meu abraço.
E, em não tê-lo,
tenho-o sempre, sem embaraço –
e contenho-o…
uns segundos, no meu abraço.
E, em não tê-lo,
tenho-o sempre, sem embaraço –
contido naquele que é meu espaço
contigo a segurar-me, mesmo a um passo.
E o abraço, que não me larga
no não haver,
há-o sempre, a toda a hora, a acontecer –
e aperta-me num laço que não desfaço…
em forma de traço: sempre.
Por isso te digo:
não quero o teu abraço.
Quando mo deres, sem embaraço,
sei que será escasso o teu abraço,
habituada que estou ao abraço que não tenho –
e que está sempre contigo contido em meu espaço.
Forte abraço.
(Conceição Sousa)
contigo a segurar-me, mesmo a um passo.
E o abraço, que não me larga
no não haver,
há-o sempre, a toda a hora, a acontecer –
e aperta-me num laço que não desfaço…
em forma de traço: sempre.
Por isso te digo:
não quero o teu abraço.
Quando mo deres, sem embaraço,
sei que será escasso o teu abraço,
habituada que estou ao abraço que não tenho –
e que está sempre contigo contido em meu espaço.
Forte abraço.
(Conceição Sousa)
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